Ajeitei o boné e fui por entre as árvores conferir a discussão. Na porta do clube, McHurley comandava os caipiras. Dois seguranças bloqueavam a entrada: um, careca, baixo com os ombros largos e barriga de chope; outro da altura a porta, magro e com tranças rastafári pela cintura. Braços cruzados, os dois encaravam McHurley.
— O satanás fala pela boca desses bastardos — Ergueu a tocha. — Essa pouca vergonha tem que acabar. Deixem-nos passar.
Foices, pedaços de pau, machados. Empurra-empurra. Os seguranças não conseguiram conter os caipiras. Após os assobios, ao fim da música, só se ouviu o grito: — Parem essa porcaria — atrás de McHurley, os caipiras formavam uma barreira. Puta gente ignorante.
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